O animal em questão foi encaminhado ao NSG pela Policia Militar do Estado da Bahia, com fratura de ambos os arcos mandibulares. O encaminhamento foi autorizado pela chefia do Ibama de Ilhéus.
O ato cirúrgico no arco direito foi mais complexo porque a fratura não se encontrava alinhada, fragmentos ósseos foram removidos, formando-se uma solução de continuidade de cerca de 3 milímetros entre as porções proximal e distal do osso.
Ainda com relação ao arco mandibular direito, o acesso para alinhamento ósseo foi pela via inferior, evitando sangramento de mucosa.
A porção proximal recebeu fio de aço intra ósseo para alinhamento da fratura, enquanto outro fio, mais forte, foi afixado para transpor a área sem continuidade direta, unindo os dois fragmentos; três pontos em 'X', com nylon 2-0, estabilizaram a fixação destes fios de aço ...
Mais complexo que o manejo da fratura foi lidar com o 'estado de choque,' que acomete o gênero em contenções prolongadas, e que se mostra quase sempre fatal.
No pós operatório imediato houve parada respiratória e necessidade de entubação oro-traqueal.
O quadro foi revertido após 60 minutos de esforços bem ilustrados:
Concluindo, há 15 anos atrás seria impensável considerar-se uma postura destas por parte da elite da tropa da Policia Militar da Bahia, e por parte do cidadão que os acionou, pedindo apoio.
Participar dessa mudança de mentalidade tem sido nosso maior legado, pelas últimas surucucus da Mata Atlântica.